#mundo #pessoas #sociedade

Pagamentos por Aproximação com Pix Chegam às Maquininhas Stone e Ton

Pagamentos por Aproximação com Pix Chegam às Maquininhas Stone e Ton

São Paulo, 28 de fevereiro de 2025 – Uma nova era para os pagamentos instantâneos começou no Brasil: o Pix por aproximação já está disponível nas maquininhas da Stone e da Ton, duas das principais empresas de soluções de pagamento do país. A funcionalidade, que permite aos consumidores realizar transações apenas aproximando o celular das máquinas, sem a necessidade de QR Codes ou chaves manuais, foi lançada oficialmente nesta sexta-feira e promete simplificar ainda mais o uso do sistema criado pelo Banco Central do Brasil.

A implementação do Pix por aproximação nas maquininhas Stone e Ton segue uma iniciativa do Banco Central, que anunciou em novembro de 2024 a integração da tecnologia de proximidade (NFC) ao ecossistema Pix, com rollout nacional previsto para fevereiro de 2025. A Stone e a Ton, que juntas atendem milhões de comerciantes em todo o país, estão entre as primeiras a adotar o recurso, oferecendo-o inicialmente a um grupo seleto de clientes antes de uma expansão total nos próximos meses. “É um marco para o varejo brasileiro. O Pix já era rápido, mas agora ficou ainda mais prático”, afirma Rodrigo Cury, head de Banking da Stone.

O funcionamento é simples: o cliente ativa o Pix no aplicativo de seu banco ou carteira digital compatível, como Google Wallet – que já suporta a funcionalidade –, e aproxima o smartphone da maquininha. Para valores até R$ 200, basta a autenticação biométrica no celular; acima disso, pode ser necessário digitar a senha do aplicativo. O pagamento é concluído em segundos, com a mesma segurança e instantaneidade que caracterizam o Pix tradicional. “É como usar um cartão contactless, mas com o dinheiro saindo direto da conta”, explica Ana Paula Mendes, dona de uma padaria em São José dos Campos que testou o serviço.

A novidade chega em um momento em que o Pix consolida sua posição como o principal meio de pagamento no Brasil, responsável por 42 bilhões de transações em 2024, segundo o Banco Central. A adoção do pagamento por aproximação reflete a demanda por maior agilidade no ponto de venda, eliminando etapas como escanear códigos ou digitar informações. “No meu bar, o cliente às vezes demorava pra abrir o app e escanear o QR Code. Agora, é só encostar o celular e pronto”, celebra João Silva, comerciante de Recife e usuário da maquininha Ton.

Para as empresas, a tecnologia também traz vantagens. A Stone destaca que o Pix por aproximação mantém os custos baixos para os lojistas – inferiores aos de cartões de crédito – e agiliza o atendimento, especialmente em horários de pico. A Ton, por sua vez, aposta no recurso como diferencial para pequenos empreendedores. “Queremos que o autônomo, o MEI, tenha a mesma tecnologia que as grandes redes, sem complicação”, diz Mariana Costa, porta-voz da Ton. Ambas as companhias planejam expandir o serviço gradualmente, com atualizações automáticas nas máquinas já em circulação.

A adesão ao Pix por aproximação, no entanto, depende da compatibilidade dos aparelhos dos consumidores e das instituições financeiras. Bancos como Banco do Brasil e Itaú Unibanco já testam o recurso em fase piloto, enquanto o Banco Central prevê que, a partir de março, todas as carteiras digitais e apps bancários estarão adaptados. “Estamos trabalhando para que o Pix por aproximação seja universal, assim como o Pix tradicional”, afirmou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em recente coletiva.

A recepção entre os consumidores tem sido positiva. Eu já usava cartão por aproximação, mas o Pix é melhor porque não tem taxa surpresa no fim do mês, diz Carla Oliveira, gerente de 34 anos que experimentou a novidade em uma loja em São Paulo. Especialistas, porém, alertam para a necessidade de atenção à segurança. É essencial manter o celular bloqueado e osアプリ atualizados para evitar fraudes, recomenda Luiz Eduardo Silva, especialista em cibersegurança da USP.

Com o Pix por aproximação nas maquininhas Stone e Ton, o Brasil dá mais um passo na revolução dos pagamentos digitais. A expectativa é que a tecnologia se torne tão ubíqua quanto o Pix tradicional, transformando filas em supermercados, cafés e feiras livres em experiências mais rápidas e fluidas. Para comerciantes e clientes, o futuro do dinheiro está, literalmente, a um toque de distância.

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *